fevereiro 24, 2007


vim de tão longe, mesmo sem decifrares a minha intenção, para te ver
neste corte de tennis encontro-te agitada e cheia de ideias novas
não consigo percepcionar ao certo se feliz, mas alegre estás, o sol ilumina-te a face
a teu lado surge um vulto que não esperava ver, mas teimas em partilhar a atenção com este
mantenho-me a teu lado, na expectativa de ler nas tuas atitudes e nas tuas palavras, algo mais...
provavelmente, a ansiedade de te rever fez crescer em mim a vontade de reciprocidade das saudades
em meia duzia de palavras apercebo-me que continuamos a falar o mesmo dialecto
e isso, ganha um valor inqualificável que me conforta a distancia

exceptuando a hora e meia de atraso...valeu muito apena :)


SUICÍDIO ENCOMENDADO (Por) de Artur Serra Araújo
Humor negro num road movie para a morte. Luis Tinoco é um homem com um passado atribulado que perde o amor da sua vida e, com ele, a vontade de viver. Uma realização enérgica e excelentes interpretações de João Fino e José Wallenstein num filme pleno de momentos inesperados e divertidos.

fevereiro 16, 2007

andam a vender sorrisos de plástico?

Impressão nossa ou agora sorrir passou a moda exuberante?
Não é que tenhamos algo contra sorrir. Pelo contrário, é sempre muito agradável dar e receber um sorriso, (principalmente quando os dentes não estão apodrecidos de vícios...). Mas o que nos desagrada é observar sorrisos completamente plastificados, usados apenas como marketing pessoal. Etiqueta sem fundamento.
Hoje em dia, a epidemia é tal que muitas meninas correm o risco de adoptar a fraca presença de espírito de nelly furtado a quando da sua entrevista no jornal da noite, em que apenas sorria forçadamente e ria em tom estridente transmitindo uma imagem de galinha tonta. Aliás, creio que se Rodrigo Guedes de Carvalho parasse a entrevista (mas que nóticia seria esta digna de palco de jornal da noite?!?) e lhe perguntasse a razão pela qual a menina sorria constantemente e ria compulsivamente a cada experssão e pergunta, provavelmente a resposta seria nula ou composta por algo fútil e fugaz, sem conteúdo propriamente dito.
Não caír no risco de interpretarem este post como um pessimismo e mau humor matinal de quem não reconhece o prazer de sorrir. No way, that´s no the point.
O optimismo, como o pessimismo, não passam de meras projecções daquilo que cada um de nós pensa que será o futuro. Se por um lado focalizamos a meta, por outro debruçamo-nos sobre os obstaculos a ultrapassar. Mas antes ser optimista e estar errado do que ser pessimista e ter razão, diz o dito popular...
Só não gostariamos de ver o ofuscar da consciência de que a vida não é apenas dicotómica, mesmo que, para sentir o valor de um sorriso espontâneo teremos de sentir algo diferente, se não mesmo,contrário. Até porque não é vergonha nenhuma, ou desmérito, sermos sensiveis ao lado menos bom da Vida! Tal como há nascimentos, há morte; tal como há prazer, há dor.
O sorriso forçado, slogan da Vida é Bela que hoje se vende pelos olhos dentro, com o consumismo constante de chill out, work out, bombardeados por variantes de yoga e essas tretas da leveza do corpo e das dietas, imagens anoreticas, floribelas e afins.
Basta olhar de forma crítica para a nossa sociedade de dondocas e meninos betos para perceber o quanto o bem-estar é subjectivo e depende não só das crenças como da altura das aspirações.
Mas, certeza porém de que, quando virem um sorriso ou uma lágrima nossa, serão sinceramente sentidos perante a pessoa que está diante nós.
Thoughts of Low & RPM

Casamento interior - Complementaridade

«A nova mulher combina independência, responsabilidade por si e maturidade plenamente desenvolvida com suavidade e a aquiescência que antes eram associadas exclusivamente à parasita dependente. O novo homem combina os sentimentos do seu coração, a suavidade e a gentileza com a força e a capacidade, não como a mulher, mas de forma complementar. Esses dois podem formar o novo casamento.»
Eva Pierrakos

fevereiro 14, 2007

i sing for u

Ah, is there room for both of us? Both of us apart?
Are we bound out of obligation? Is that all we've got?
I get the words and then I get to thinking.
I don't want to think, I want to feel.
And how do I feel? And how do I...

If you're the only one will I never be enough?
Hail hail the lucky ones. I refer to those in love.

Oh, how I'll love you til the day I die and beyond.
Are we going to the same place? If so can I come?
It's egg rolling thick and heavy. All the past you carry.
Oh, I could be new. You underestimate me.

If you're the only one will I never be enough?
Hail hail the lucky ones. I refer to those in love.

I sometimes realize I could only be as good as you'll let me.
Are you woman enough to be my man? Bandaged hand in hand.

I find it on the run in a race that can't be won.
All hail the lucky ones. I refer to those in love.
If you're my only one, so could you only one?
I want to be your one. Enough! You won no one. You're one.

pearl jam - hail,hail

a melhor maneira de viajar é SENTIR


Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas).


Álvaro de Campos

fevereiro 13, 2007

no sos vos, soy YO

À medida que as pessoas desiludidas (pelo fraco charme do protagonista e pelo facto de não se tratar de mais uma comédia plastificada romântica hollywoodesca) iam saindo, mais nos convenciamos de que tinhamos escolhido bem o filme ;)
É garantido desde inicio que as emoções estão à flor da pele pelo paralelismo à vida real, pois todos nós já tropeçamos alguma vez na vida acreditando piamente numa pessoa que, no fundo, não chegamos a conhecer os seus limites.
Só vendo e sentindo! Se gostarem tanto de Fabuleux destin d'Amélie Poulain e Residência Espanhola quanto eu, então vão viajar pela aventura que é No Sos Vos, Soy Yo. Uma lição de Vida de amor próprio. (E o psicanalista parte tudo...)

fevereiro 08, 2007

os meus sonhos davam um filme...

ok, um filme é demais...dava uma animação, onde ele acaba por encarnar o espírito de um guerreiro. o brilho nos seus olhos, tipo banda desenhada, cruzavam-se com os meus num cenário em que impulsiona a adrenalina. e o coração palpita a cada momento. entre tons preto, branco e vermelhos vivos tudo se vai desenrolando...uma estória, aparentemente, sem sentido real. Neste meu mundo de fantasia tudo é estranha e deliciosamente possível.


fevereiro 07, 2007

corrente social

Por entre vários encontros, uns agradáveis outros nem tanto, ainda me pergunto pela arte do encontro!? Mas refiro-me ao encontro ocasional e não casual, inesperado mas não fugaz. Enquanto uns suspiram “um dia destes…” outros já exclamariam “mariquisses!”…
Onde o álcool é usado como lubrificante social, onde as conversas interessantes escasseiam e o marketing pessoal é fachada nocturna, fica difícil reconhecer um encontro genuíno (independentemente do conceito de cada um, a unicidade da palavra diz tudo)!

fevereiro 05, 2007

por entre tanto lixo sonóro da rádio, pelo qual faço zapping constante, surge um programa com uma selecção musical muito interessante. aconselho a ouvir: Programa àgua & sal
sit back and enjoy the ride
E a força do desejo
Faz-me chegar de ti
Quando eu te falei em amor
Tu sorriste para mim
E o mundo ficou bem melhor
Quando eu te falei em amor
Nós sentimos os dois
Que o amanha vem depois e não no fim
Sardet